A ER 338, que faz a ligação entre Piornos e Manteigas, está em obras desde o dia 27 de maio, mas a intervenção não agrada aos habitantes, que contestam o facto de a via estar cortada à circulação automóvel durante a realização dos trabalhos.
Cerca de 150 habitantes e autarcas de Manteigas manifestaram-se esta segunda-feira, na cidade da Guarda, contra as obras de beneficiação da estrada Manteigas-Piornos, na Serra da Estrela, e exigiram uma solução para o problema.
A ER 338, que faz a ligação entre Piornos e Manteigas, está em obras desde o dia 27 de maio, mas a intervenção não agrada aos habitantes, que contestam o facto de a via estar cortada à circulação automóvel durante a realização dos trabalhos.
Hoje, entre as 15:00 e as 16:30, por iniciativa da comissão de munícipes indignados de Manteigas, decorreu uma manifestação na cidade da Guarda, no centro da cidade e junto das instalações da Gestão Regional da empresa Infraestruturas de Portugal (IP), na Guarda-Gare.
Luís Melo, porta-voz do movimento, entregou uma carta aberta dirigida ao presidente do Conselho de Administração da IP, na qual é explicada a situação, é manifestado o descontentamento e é solicitada "uma solução para o problema da [ER] 338".
"Ou o alargamento, que é aquilo que em primeiro lugar desejamos e que é aquilo que nos foi prometido e é aquilo que deveria ser feito, ou em última análise, se isso não for possível, uma solução alternativa é com uma via ascendente e outra com uma via descendente", enquanto decorrem as obras, explicou aos jornalistas.
Na missiva, a que a agência Lusa teve acesso, os habitantes exigem "ser servidos por uma estrada condigna e com perfil que permita uma fluidez de trânsito de pesados e ligeiros sem constrangimentos e com todas as condições de segurança".
A população espera que a reivindicação seja satisfeita pois, caso contrário, o descontentamento não ficará por aqui.
"Estamos a equacionar dirigir-nos ao parlamento e fazer uma manifestação também em Lisboa. Esperemos que não seja preciso, mas se for preciso lá iremos", disse Luís Melo.
O vice-presidente da autarquia de Manteigas, José Cardoso, também presente no protesto, indicou que deu entrada na sexta-feira, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, uma providência cautelar para "cessar o andamento" das obras.
Durante o protesto, os manifestantes exibiram cartazes com mensagens como "Desviados do mundo", "Façam um projeto decente na EN 338. Poupem dinheiro" e "Estão a matar-nos".
Também gritaram as palavras de ordem "Manteigas diz não a esta solução" e "Remendos não, soluções sim".
A IP considerou, em nota divulgada no início deste mês, que o alargamento da plataforma da ER 338, que liga Piornos a Manteigas, é "ambientalmente inadequado e financeiramente insustentável".
"Trata-se de uma estrada de montanha que se desenvolve ao longo do vale glaciar, onde se torna muito difícil, ambientalmente inadequado e financeiramente insustentável, qualquer cenário de alargamento da plataforma, face ao terreno acidentado e ao cenário geológico de elevada instabilidade que é atravessado", referiu a EP em comunicado enviado à Lusa.
Fonte: SIC Noticias
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