A Câmara Municipal de Gouveia está a investir 2,4 milhões de euros na
abertura de um “caminho natural” que vai ligar aquela cidade a
Folgosinho e a Manteigas, para “facilitar” o acesso dos turistas à Serra
da Estrela.
Segundo o presidente da autarquia, Álvaro Amaro (PSD), o investimento
concretiza “um projecto histórico que faz jus à história de Gouveia
enquanto cidade da Serra da Estrela e é um grande tributo à Serra da
Estrela”.
O autarca justificou a importância do projecto
rodoviário por permitir dar a conhecer aos visitantes da região “uma
parte da serra pouco visitada, que é de uma rara beleza”, como a zona
dos Casais de Folgosinho, onde existem pequenas quintas de montanha.
Referiu
que a ideia do “caminho natural” surgiu por a Câmara de Gouveia
considerar que a aposta no turismo “era uma componente importante para
ajudar” a desenvolver “as terras do interior”, onde se insere.
A
via, com cerca de 30 quilómetros de extensão, já existia, mas “era
intransitável”, disse o autarca, explicando que a intervenção começou há
cerca de cinco meses e deve ficar concluída dentro de um ano.
O
projecto foi elaborado em “diálogo com o Parque Natural da Serra da
Estrela”, por estar em causa “a preservação de pontos importantes”
daquela área protegida.
Quando estiver concretizado passará a
existir uma nova ligação rodoviária entre os concelhos de Gouveia e de
Manteigas (Curral do Negro - Folgosinho - Covão da Ponte), facilitando
“o acesso das pessoas e dos bens”, observou.
A estrada, com seis
metros de largura, permitirá a passagem de carros e de autocarros, e
será uma infraestrutura importante para “captar o turismo da Serra da
Estrela”, por o seu traçado percorrer zonas emblemáticas, até aqui pouco
acessíveis aos visitantes devido à escassez de acessibilidades.
Segundo
informação da autarquia de Gouveia, o “caminho natural” vai ter duas
áreas de estadia e lazer e um parque de merendas, “que se assumem como
espaços de descanso e de contemplação da paisagem natural”.
É
também salientada a recuperação e naturalização de 14 saibreiras, numa
perspectiva de valorização ambiental e de recuperação da paisagem
natural de montanha.
A obra representa um investimento global de
cerca 2,4 milhões de euros e é comparticipada em 85 por cento pelo
Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Fonte: Publico
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